II JIEHA - Macapá, 02 a 06/07/2018
MINICURSOS
Os minicursos ocorrerão nos dias 03, 04 e 05/07 das 8 às 10 h
1. INTERDISCIPLINARIDADE ENTRE ENSINO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA NA AMAZÔNIA: REFLEXÕES E POSSIBILIDADES
- Ministrantes: Esp. João Gabriel dos S. Fonseca (UEAP), MSc. Luanny Maria Almeida Vidal (UEAP) e Dra. Maria Elizabeth Bueno de Godoy (UEAP)
- Resumo: Este minicurso tem como proposta analisar a ligação entre duas impor-tantes disciplinas do ensino: História e Filosofia. É pertinente ressaltar que essas dis-ciplinas possuem relações fundamentais para o processo de despertar do senso críti-co, bem como na construção de uma cidadania ativa. Entende-se que, no contexto sociocultural amazônico, a prática da interdisciplinaridade, embora prevista, ainda é lacunar, pois o processo de ensino-aprendizagem permanece atrelado à rigidez de seus respectivos componentes curriculares. Considera-se de grande valia a reflexão da prática interdisciplinar. Portanto, constitui-se de suma importância a proposição de práticas de ensino, através dos estudos de Filosofia da Educação e História da Filosofia, que possam evidenciar o elo existente entre as disciplinas de História e Filosofia.
2. USOS DE DOCUMENTOS HISTÓRICOS ESCRITOS NO ENSINO DA HISTÓRIA ESCOLAR
- Ministrante: Esp. Bruno Rafael Machado Nascimento (Mestrando/ UNIFAP - PROFHISTÓRIA)
- Resumo: O minicurso tem por objetivo discutir sobre as possibilidades dos usos de documentos históricos como material didático para o ensino do Componente Curri-cular História na Educação Básica. Dessa forma, pretende-se apresentar e comparti-lhar com os participantes questões sobre as práticas de ensino que apostam na aná-lise documental como forma de potencializar o “pensar historicamente” dos estudan-tes. Possibilitando a familiaridade com as representações do passado, a percepção de que o conhecimento histórico é construído, incentivo às problematizações e possíveis respostas, as relações passado, presente e futuro enquanto horizonte de expectativa. Neste caso, o foco será a presença jesuítica (francesa) na região do Oiapoque na primeira metade do século XVIII e a experiência dos inacianos (a serviço de Portugal) nas “terras do Cabo Norte” (corresponde parte do território do atual Estado do Amapá) no final do século XVII. Os procedimentos metodológicos serão: expor de forma dialogada questões teóricas sobre os usos didáticos dos documentos, bem co-mo, da escrita jesuítica. Além disso, apresentar algumas fontes e onde elas podem ser acessadas. Por fim, exemplificar possíveis usos para as aulas de História.
3. ENSINO DE HISTÓRIA, IMAGENS E CULTURA VISUAL
- Ministrantes: Dr. Alexandre Guilherme da Cruz Alves Junior (UNIFAP/ Campus Binacional do Oiapoque) e Rafael de A. Pantoja (Mestrando/ UNIFAP - PROFHISTÓRIA)
- Resumo: Atualmente as imagens se converteram em meio privilegiado de constru-ção e difusão de narrativas históricas que possibilitam a ressignificação do conheci-mento escolar tradicional. A partir de diferentes plataformas: Fotografia, Cinema, Charges (gênero da história em quadrinhos), Gravuras, etc., faz-se necessário refletir sobre as problemáticas teórico-metodológicas para a utilização reflexiva destes documentos visuais em sala da aula. A partir de um material variado e polissêmico, o presente minicurso visa discutir o conceito de cultura visual, pensando-o no contexto escolar, aprofundando reflexões mais específicas sobre Cinema e Ensino de História e Charges e Ensino de História.
4. A LITERATURA DOS VIAJANTES DA AMAZÔNIA NO ENSINO DE HISTÓRIA
- Ministrantes: Norma Alini dos Santos Rodrigues (UCAM) e Pauliany Barreiros Cardoso (UCAM - Universidade Cândido Mendes)
- Resumo: A proposta do minicurso é oferecer aos participantes a oportunidade de conhecer a história indígena do Amapá a partir dos relatos de viagens de Jules Cre-vaux e Henri Croudreau, cientistas franceses que viveram entre os Galibis, Waiãpis, Wayanas, Karipunas, Tyriós, dentre outras etnias indígenas na Amazônia do século XIX, e apresentar uma proposta para as aulas de história, buscando atender a Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008, a qual torna obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. A temática do minicurso vem atender as necessi-dades dos professores de História do Estado do Amapá, uma vez que há uma grande dificuldade nas escolas amapaenses em abordar os temas regionais em suas salas de aulas.
5. ENSINO DE HISTÓRIA E TEMÁTICA INDÍGENA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
- Ministrantes: Dário da Silva Marques e Esp. Maritelma de Souza Ferreira (Mestrandos/ UNIFAP - PROFHISTÓRIA)
- Resumo: Este minicurso discutirá os estigmas, preconceitos, carências de informa-ções e equívocos presentes nos livros didáticos e, consequentemente, no ensino de história, pertinente à temática indígena. Ressaltando a importância da luta dos movi-mentos sociais, com destaque ao movimento indígena, na articulação de ações afir-mativas e compensatórias, que se desdobraram na criação de legislação específica para suas demandas. Propõe um novo olhar, a partir da Nova História Indígena, va-lorizando o protagonismo indígena e percebendo-os como sujeito histórico. Em um esforço teórico pedagógico voltado para uma coerência do ensino de história, com-prometido com uma educação democrática, inclusiva e intercultural, assentada no conhecimento, reconhecimento e valorização da multiculturalidade e plurietnicidade brasileira.
6. CURRÍCULOS, TEORIA E ENSINO DE HISTÓRIA
- Ministrantes: Esp. João Morais da Costa Júnior (IFAP/ Santana e Mestrando/ UNIFAP - PROFHISTÓRIA)
- Resumo: As diversas concepções e teorias de currículo que foram inseridas ao lon-go da história e do pensamento humano estão notadamente empenhadas em tentar responder a inúmeras perguntas concernentes ao conhecimento a ser ensinado aos estudantes, pelos professores e ao tipo de sociedade que se deseja chegar. O currículo, com o passar dos tempos, deixou de ser apenas uma área de conhecimento meramente técnica, voltado apenas para questões relativas a métodos, técnicas e procedimentos, o que o torna um importante artefato de conhecimento social e cultural, implicando na transmissão e produção de visões identitárias e sociais. Este Minicurso visa ao conhecimento das diversas concepções de currículo – das tradicio-nais, modernas e pós-modernas e, críticas e pós-críticas – com o Ensino de História, sua relação e adequação à BNCC (Base Nacional Comum Curricular), sua importân-cia da aplicabilidade às Leis Federais 10.639/03 e 11.645/08, que obrigam o ensino de História da África, Cultura Afro-brasileira e Indígena nos estabelecimentos públi-cos e particulares e, suas implicações no Ensino de História Regional, para a cons-trução de uma proposta curricular não Eurocêntrica.
7. ANÁLISE DE FONTES ECLESIÁSTICAS NA AMAZÔNIA: POTENCIALIDADE PARA O ENSINO E PESQUISA
- Ministrantes: Esp. Karolliny Melo Ferreira Diniz (Mestranda/ UNIFAP) e Dr. Andrius Estevam Noronha (UNIFAP)
- Resumo: A proposta deste minicurso foi elaborada com o intuito de abranger aca-dêmicos, professores e pesquisadores da área da educação que pretendem trabalhar com as fontes eclesiásticas da Amazônia como instrumento de ensino e pesquisa. A pertinência deste projeto consiste na discussão das dificuldades apresentadas aos profissionais e suas contribuições para uma formação acadêmica e pedagógica que contribua para a construção da memória historiográfica com uso da documentação local. O recorte do objeto desse curso serão os documentos eclesiásticos que estão disponíveis na internet ou que estão digitalizados pelos Grupos de Pesquisa da Uni-versidade Federal do Amapá tendo a Amazônia como recorte espacial. Nessa pers-pectiva, apresentaremos os mais variados sites e arquivos sobre a documentação eclesiástica da Amazônia que esteja digitalizada e disponível ao público para que seja debatido o potencial de pesquisa e ensino. O público alvo são os professores e aca-dêmicos de História ou áreas afins que desejam incorporar o tema da história local eclesiástica em sua profissão apoiados pela documentação digital disponível na in-ternet.
8. O PATRIMÔNIO DOS POVOS INDÍGENAS DO AMAPÁ EM CONEXÃO COM A LEI 11.645/2008
- Ministrantes: Arlete Souza e Raquel Trindade Ramos (Mestrandas/ UNIFAP - PROFHISTORIA)
- Resumo: O minicurso visa promover a reflexão sobre as possibilidades de aborda-gens da temática indígena nas aulas de história a partir de sua diversidade étnica e patrimonial, destacando esses povos como detentores de saberes e práticas ances-trais enriquecedoras da cultura local, ou seja, como sujeitos históricos possuidores de um vasto patrimônio material e imaterial que precisa ser revelado, compreendido e valorizado no ensino de História. Reconhecer a diversidade indígena presente no Es-tado do Amapá, e suas múltiplas maneiras de desenvolver seus afazeres, sua arte, re-ligiosidade, enfim, o seu patrimônio, é tarefa decisiva para um ensino comprometido com o respeito à diversidade, combatendo ao racismo e as ideias de que os povos indígenas formam uma única etnia, e que são povos atrasados no tempo, devolven-do aos mesmos o protagonismo de sua história. Através da abordagem dessa temá-tica, esperamos contribuir para a implementação da lei 11.645/2008 nas escolas amapaenses.
9. ENSINO DE HISTÓRIA NA INTERFACE COM A LITERATURA: ANALISANDO AS REPRESENTAÇÕES DO NEGRO NA LITERATURA BRASILEIRA
- Ministrantes: Dra. Simone Garcia Almeida (UNIFAP)
- Resumo: proposta é fazer um estudo envolvendo educação, história e literatura, partindo exatamente da luta dos negros no Brasil para que a sua história fosse ensi-nada nas escolas de forma positiva, apontando para a importância do negro na constituição de nossa sociedade, desmistificando o mito da democracia racial muito presente nos currículos escolares. Nesse sentido a intensão é: 1) discutir a proble-mática do currículo escolar a partir da análise de Lei 10.639/03, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) que estabelece a obrigato-riedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africanas na educação bá-sica; 2) analisar como o negro vem sendo representado na literatura brasileira e na própria literatura negra atual, propondo um trabalho interdisciplinar entre a Litera-tura e a História, para que possamos desconstruir o discurso elaborado sobre o ne-gro, por um lado, e por outro, discutir a própria representação construída por ele na chamada Literatura Negra; 3) introduzir o aluno ao trabalho com documentos, espe-cialmente fontes escritas e de caráter literário. O objetivo principal é a partir dessa discussão fazer uma reflexão sobre a realidade do negro em nossa sociedade e des-mistificar diversos estereótipos construídos sobre a figura do negro no Brasil.